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dezembro 23, 2021

Fascite Plantar: palmilhas são a única solução?

por Equipe Linus
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A fascite plantar é uma condição que pode desenvolver-se cronicamente levando a dores frequentes e que comprometem a qualidade de vida dos indivíduos.

As palmilhas ortopédicas estão entre as soluções para o problema, mas a patologia deve ser compreendida de forma ampla pelas pessoas acometidas visando uma assistência especializada adequada. Pensando nisso, esse conteúdo vai abordar:

Com esse conteúdo, você saberá como identificar e buscar ajuda especializada para diagnóstico e tratamento da fascite plantar e também qual o papel das palmilhas e sapatos ortopédicos entre os cuidados.

O que é fascite plantar?

As fáscias consistem em tecidos fibrosos no corpo, sendo a fáscia plantar, conhecida ainda como aponeurose plantar, uma membrana de tecido conjuntivo fibroso e pouco elástico localizada na musculatura da sola do pé.

A fascite plantar consiste em uma inflamação que acomete esse tecido que começa no osso calcâneo, que forma o calcanhar, até a articulação dos dedos.

A fáscia plantar é responsável por absorver parte do impacto e mantém a curvatura da sola do pé que pode ser:

  • pé neutro: quando o arco, comprimento e largura são compatíveis, distribuindo melhor a carga;
  • pé cavo: quando o arco é elevado e acentuado, reduzindo a área de aumento e aumentando à predisposição à fascite plantar;
  • pé chato ou plano: quando o arco é mais baixo, aumentando a área de apoio, mas pode sobrecarregar a fáscia, aumentando as chances de inflamação.

O desenvolvimento da fascite plantar pode comprometer a qualidade de vida do indivíduo, levando a dores frequentes.

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O que causa a fascite plantar?

As causas da fascite plantar não são plenamente conhecidas pela Medicina, mas existem fatores de risco que aumentam as chances de desenvolver a doença que se manifesta, majoritariamente, entre os 40 e 60 anos, em homens e mulheres. São eles:

  • ter obesidade com IMC acima de 30;
  • atletas profissionais em atividades de carga, como corredores, dançarinos e saltadores;
  • profissionais que ficam em pé por longos períodos;
  • idade avançada;
  • formato cavo ou plano de pé;
  • dorsiflexão do tornozelo reduzida;
  • retração dos músculos gastrocnémio-solear e isquiotibiais;
  • doenças inflamatórias sistémicas;
  • desalinhamentos biomecânicos, como pisada pronada ou supinada.

Essas condições aumentam as chances de desenvolver fascite plantar, mas o problema também pode ocorrer em pacientes que não apresentam essas alterações e não necessariamente acometer pessoas que se encaixam nesses grupos de risco.

Como a fascite plantar causa dor?

Apesar de mais pesquisas serem necessárias, a dor da fascite plantar pode ocorrer devido a uma alteração estrutural semelhante ao que ocorre em processos degenerativos, sendo relacionada principalmente com a idade, sobrepeso e atividades físicas em excesso.

Os sintomas da fascite plantar manifestam-se por meio de dor na sola do pé ou pontada intensa, que acomete o calcanhar principalmente pela manhã e após muito tempo de repouso devido ao estiramento que atinge os tecidos.

O desconforto costuma aliviar com o passar do dia, mas pode intensificar-se devido os esforços, principalmente após ficar de pé por longos períodos, subir escadas ou repouso.

Apesar de ser mais comum no calcanhar, o incômodo pode acometer qualquer ponto da fáscia plantar.

Outros sintomas associados à fascite plantar incluem inchaço e vermelhidão na região e também baixa mobilidade da ponta do pé, principalmente em direção à canela.

Quando o problema não é tratado de forma adequada a dor pode tornar-se crônica e acometer a marcha, resultante em lesões no joelho, quadris e coluna.

Qual a diferença entre fascite plantar e esporão? 

A fascite plantar não deve ser confundida com o esporão do calcâneo, pois são lesões diferentes apesar de poderem, ambas, estarem relacionadas com microtraumatismos ou inflamações crônicas no calcanhar, próximo ao tendão de Aquiles.

O esporão deve-se à formação de depósitos de cálcio abaixo ou atrás do osso do calcanhar, formando saliências semelhantes aos ganchos vistos nas esporas dos pés dos galos.

No caso do esporão do calcâneo os sintomas incluem dor aguda que piora ao caminhar e é amenizada com repouso.

A associação entre esporão e fascite plantar é incerta, sendo que 32% dos pacientes com inflamação da fáscia não desenvolve esporão.

Como diagnosticar fascite plantar?

O diagnóstico de fascite plantar deve ser realizado pelo médico ortopedista após verificar a história clínica do paciente, como sintomas, recorrência e presença de fatores de risco.

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Além disso, o diagnóstico e a definição do tratamento mais apropriado podem depender da realização de exames de imagem, como:

  • radiografia: permite excluir a ocorrência de patologias degenerativas, viabilizando a confirmação do diagnóstico;
  • ressonância magnética: não é uma solicitação muito comum, mas pode ser indicada para excluir outras ocorrências e contribuir no planejamento cirúrgico, caso essa abordagem seja necessária;
  • cintilografia óssea: permite mensurar o nível da inflamação e excluir problemas de fatura óssea;
  • eletromiografia: exame que pode ser usado para rejeitar suspeitas relacionadas a compressões nervosas.

O levantamento dos sintomas e histórico do paciente são mais frequentemente usado no diagnóstico de fascite plantar, no entanto, apenas o médico ortopedista poderá determinar a abordagem mais apropriada de acordo com as particularidades do caso.

Como tratar fascite plantar no dia a dia?

O tratamento da fascite plantar é a abordagem conservadora, que inclui diversos hábitos e cuidados diários para melhora da inflamação e aumento da qualidade de vida do paciente.

Existem abordagens específicas para momentos nos quais a condição está na fase aguda, ou seja, gerando mais incômodos e dores ao paciente.

No entanto, algumas práticas envolvem alterações no estilo de vida para garantir melhora contínua do quadro e minimizar as chances de complicações.

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Repouso

Quando a fascite plantar está na fase aguda a recomendação é fazer repouso e evitar atividades de impacto entre 4 e 6 semanas.

Após a melhora do quadro, entretanto, o paciente pode fazer leves caminhadas que vão contribuir no fortalecimento da musculatura.

Em geral, a atividade física é indicada como uma das práticas para melhorar o quadro, mas o caso deve ser avaliado individualmente, especialmente quando o problema está associado à prática esportiva intensa.

Gelo

Nos períodos de maior dor e intensificação do quadro inflamatório pode ser benéfica à aplicação de gelo no local.

Pode-se congelar água em uma garrafa para aplicar gelo enquanto massageia o pé. As compressas frias devem ser mantidas por aproximadamente 15 minutos e serem feitas entre 2 e 3 ao dia na fase aguda.

Massagem

A massagem ou mesmo automassagem colaboram no alívio dos incômodos, podendo ser feita principalmente nos pés e panturrilha.

Para facilitar os movimentos, indica-se usar hidratante ou óleo. Também podem ser usados instrumentos de massagem para promover maior relaxamento dos tecidos.

Remédios

O tratamento com fármacos pode ser uma opção para fase aguda da fascite plantar, desde que prescrito por um médico ortopedista.

Em geral a prescrição pode incluir o uso de analgésicos e anti-inflamatórios não esteroides, infiltração com anestésico ou medicamentos corticoides na região dolorida ou aplicação de pomada.

Fisioterapia

A fisioterapia pode ser indicada para amenizar os sintomas e contribuir na desinflamação da fáscia com o uso de aparelhos como o ultrassom, laser e iontoforese.

Alongamentos

Os alongamentos devem ser incorporados à rotina do paciente com fascite plantar, pois contribuem enormemente no alívio dos desconfortos e redução dos quadros agudos da condição.

Um exemplo de alongamento é, com as pernas esticadas segurar as pontas dos pés puxando para cima. Mantenha a posição por 30 segundos e faça três repetições.

Fortalecimento

Os exercícios de fortalecimento da musculatura, principalmente da perna, calcanhar e pés, são fundamentais para alívio dos sintomas no longo prazo.

Palmilhas

Outra mudança de hábito importante para o paciente com fascite plantar é optar por calçados e palmilhas ortopédicas.

As palmilhas ortopédicas contribuem na melhor distribuição do peso corporal sobre os pés, reduzindo o estresse da fáscia e, consequentemente, a ocorrência dos quadros inflamatórios.

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Existe algum calçado específico para fascite plantar?

Existem sim calçados mais recomendados para pacientes com fascite plantar. Um primeiro aspecto é evitar aqueles com solado baixo, como chinelo, sapatilhas e sapatênis.

A escolha de um calçado mais apropriado evita que a fáscia fique sobrecarregada ao caminhar, reduzindo os quadros inflamatórios do local.

Para decidir a melhor opção de calçado ortopédico avalie especialmente o nível de amortecimento e conforto. O mais recomendado é que o solado não seja excessivamente rígido para viabilizar a mobilidade, mas seja maleável o suficiente para absorver o impacto.

Uma recomendação importante é evitar os sapatos de salto, especialmente em períodos mais críticos da patologia.

Uma dica é escolher um calçado após um dia movimentado, pois os pés estarão mais cansados e inchados e se a opção ficar confortável mesmo assim é porque ela é mais adequada.

A escolha de calçados com certa folga, entre 1 e 1,5 cm a mais de comprimento é importante para garantir mais conforto nas atividades diárias.

No caso de atividades físicas, principalmente de impacto, como caminhada e corridas, opte por calçados com sistemas de amortecimento.

Palmilhas são a única solução?

Como visto, existe um conjunto de boas-práticas que podem ser incorporadas no dia a dia para reduzir a inflamação da fáscia, de forma que as palmilhas não são a única solução, mas são importantes aliadas.

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O calçado ortopédico ou com palmilhas adequadas a pacientes com fascite plantar vai resultar em uma série de benefícios no dia a dia, incluindo:

  • aumento do conforto ao redistribuir as pressões na sola do pé;
  • amenização, e até eliminação, dos quadros de dor;
  • prevenção de lesões;
  • diminuição das limitações cotidianas, como não conseguir passar mais horas em pé;
  • reduz complicações associadas à patologia;
  • melhora do amortecimento de impacto;
  • aumento do desempenho esportivo.

Portanto, existem vários motivos para escolher um calçado mais apropriado a quadros de fascite plantar, como as Sandálias Linus.

 

As sandálias Linus são veganas e contam com design que acompanha as nuances do pé, proporcionando mais conforto e reduzindo incômodos relacionados à fascite plantar.

A escolha de calçados ortopédicos e desenvolvidos considerando o conforto dos pés é fundamental para controle da condição e maior bem-estar no dia a dia.

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