Moda inclusiva: o que é e como fazer!
abril 22, 2024

Moda inclusiva: o que é e como fazer!

por Linus

Talvez você já tenha ouvido falar em moda inclusiva e até mesmo já saiba do que se trata, mas a realidade é que esse conceito ainda é estranho para muuuita gente.

Entender o que é moda inclusiva é o primeiro passo para repensar nossas escolhas – seja como consumidoras ou como marcas se você for empreendedora nessa área.

Então vamos explorar o que significa moda inclusiva e muito mais nesse conteúdo focadíssimo no tema. Você vai conferir:

Vem com a gente repensar a moda porque é assim que construímos uma moda – e um mundo – que nos representa em todas as nossas diferenças e singularidades!

O que é moda inclusiva?

Em um primeiro deslumbre sobre o termo moda inclusiva é possível pensar em roupas, calçados e acessórios que contemplem pessoas com deficiência (PCDs).

E esse entendimento não está errado, mas é limitado e já não contempla toda a amplitude da ideia de moda inclusiva.

Atualmente, quando falamos em moda inclusiva estamos sim pensando em PCDs, mas incluímos todos os tipos de corpos: mulheres, homens, não-binários, grandes, pequenos, altos, baixos, magros, gordos, novos, velhos e muito mais!

Estamos falando em uma inclusão que realmente possa abarcar todos os tipos de pessoas em vez de segmentar a moda para cada grupo e, consequentemente, restringir as possibilidades.

Um aspecto importante da moda inclusive é garantir que as peças não sejam adaptadas às pessoas com deficiência e outros grupos, mas sim que sejam criadas e modeladas a partir das suas necessidades.

Essa perspectiva revoluciona tudo, pois parte do princípio que a roupa ou calçado deve proporcionar:

  • conforto;
  • bem-estar;
  • inclusão;
  • autonomia;
  • empoderamento;
  • autoestima.

Para algumas pessoas pode parecer o básico, principalmente para quem tem a “modelagem padrão”, mas para quem sempre foi historicamente excluído da moda isso é muito valioso – e infelizmente difícil de encontrar nas roupas.

Por que a moda inclusiva é importante?

A moda inclusiva é bem recente e tem crescido conforme as redes sociais dão voz para essas pessoas.

Para se ter ideia, o primeiro desfile New York Fashion Week a contar com a presença de uma pessoa em cadeira de rodas foi em 2014. Na ocasião, a psicóloga Danielle Sheypuk, que milita pela moda inclusiva, desfilou com peças da estilista Carrie Hammer.

Ah, mesmo sendo um marco importante, o desfile foi fora do line-up oficial da New York Fashion Week.

Pois é, quando vemos as pesquisas sobre o assunto percebemos que ainda estamos longe de um mundo realmente inclusivo na moda.

Em um estudo, constatou-se que 63% das pessoas já deixaram de usar uma roupa que gostavam porque sabiam que a peça não vestiria bem no seu corpo.

Entre essas pessoas, 49% afirmaram que quando uma roupa não veste bem é porque a modelagem não foi pensada para o seu tipo de corpo e outros 46% consideram que a peça é difícil de vestir.

São justamente esses desafios que a moda inclusiva visa superar.

Não sei se você já viu um vídeo que viralizou de um homem com dificuldades motoras vestindo sozinho uma camisa com botões magnéticos. É emocionante a alegria e realização dele por ter autonomia para se vestir. 

É essa alegria e pertencimento que explicam por que a moda inclusiva é importante.

É importante para que as pessoas parem de sentir inadequadas porque a moda não atende suas necessidades. Quem é inadequada é a moda padrão, que não inclui e contempla as diversidades de corpos que existem no mundo!

Como fazer moda inclusiva?

Agora que já vimos o que é moda inclusiva e qual a sua importância podemos avançar para entender melhor quais práticas são consideradas inclusivas quando estamos falando de moda.

Design adaptável

Um primeiro ponto a ser considerado pelo estilista é um design adaptável às diferentes necessidades e possibilidades.

Por exemplo, a camisa com fecho magnético é um ótimo exemplo de design adaptável às necessidades individuais. Outros exemplos incluem etiquetas em braile para inclusão de pessoas cegas e fechamento em velcro para pessoas com mobilidade reduzida.

Essa atenção ao design garante que uma peça seja mais fácil na hora de vestir, proporcionando autonomia, mas também mais confortável durante o uso.

Outro exemplo de design adaptável quando falamos em tamanho é uma calça com cintura mais elástica, adaptando-se às mudanças do corpo feminino durante o mês e até durante os anos.

Nessa mesma perspectiva, uma blusinha pode ser mais soltinha nos seios nos tamanhos pequenos, mas para mulheres com seios grandes é importante que haja sustentação extra para promover conforto e segurança durante o uso. 

Esses são exemplos de como o design pode ser pensado para promover o conforto em vez de restringir o movimento e o bem-estar das pessoas com o próprio corpo.

Tamanhos inclusivos

Falando em tamanhos, é indispensável que as marcas saiam do padrão P, M e G para contemplar todos os corpos.

Os tamanhos reais são muito mais variados e algumas marcas adotam modelagens não apenas limitadas como irreais, com peças G para quem veste 40/42 – faça-me o favor né!

Como resposta, as marcas de moda inclusiva estão repensando essas numerações para trazer mais opções e também que possam ser mais duráveis com o design adaptável.

Representação diversificada

Fazer moda inclusiva significa trazer essa variedade de corpos para dentro da marca ou melhor, para a vitrine da marca.

Um grande problema é a falta de representações diversas no mundo da moda e o resultado é que vemos apenas um tipo de corpo nos desfiles que acaba sendo entendido universalmente como o “tipo correto de corpo”.

Isso precisa ficar no passado e sem nenhuma nostalgia.

Quer divulgar sua marca inclusiva? Então chame pessoas gordas, pretas, PCDs, com vitiligo, não-binárias, transsexuais e outras belezas que, por tanto tempo, foram deixadas de lado no universo da moda.

Ah, também é uma proposta da moda inclusive mais peças unissex, afinal, gênero não define estilo. A ideia é que peças-chave sejam universais, atendendo todos os estilos, gostos e necessidades.

Sustentabilidade

Para muitas pessoas uma marca inclusiva não tem nada a ver com uma marca sustentável... bom, na verdade tem sim, ou deveria ter.

Adivinha só, os problemas da crise climática afetam todos nós, mas eles são ainda mais intensos para pessoas com deficiência, negros e outras minorias que já vivem num estado maior de vulnerabilidade climática.

Então, acreditamos que o compromisso por ser mais inclusivo na moda também atravessa outras questões essenciais, como direitos humanos, justiça social e, claro, proteção ambiental.

A Linus é uma moda inclusiva?

A Linus é uma marca 100% brasileira e que está comprometida com valores sociais e ambientais que incluem respeito, inclusão e preservação.

Para colocar nossos valores em prática, somos uma marca com sandálias 100% recicláveis, desenvolvidas com material nacional e com selo carbono negativo.

Nossas sandálias são unissex para que todas as pessoas se sintam confortáveis ao usar a Linus.

Mas sabemos que temos muito a melhorar, buscamos sempre ser mais inclusivas nas nossas peças e campanhas e queremos crescer trilhando esse caminho junto com vocês. 

Vem com a gente e adquira já sua Linus!

Garanta já 10% OFF na sua compra com o cupom: LINALINUS