Maternidade sustentável: como praticar?
abril 23, 2024

Maternidade sustentável: como praticar?

por Linus

Estamos em um momento decisivo para as futuras gerações, garantindo que elas terão um planeta saudável para chamar de lar.

É importante pensar que a sustentabilidade não é só para vivermos melhor hoje, mas também é sobre o legado que deixaremos para nossos filhos, netos, bisnetos e por aí vai.

É nesse contexto que escolhemos falar sobre maternidade sustentável – e paternidade também né! Esse é um movimento para trazer mais consciência e práticas positivas para mães e pais e claro, para as crianças. Você vai conferir:

Vamos explorar tim-tim por tim-tim essa ideia de maternidade sustentável e, para os papais, saibam que vocês também são convidados a se juntar a nós nessa conversa que vai muito além da parentalidade.

O que é maternidade sustentável?

A maternidade sustentável significa ter consciência dos impactos ambientais de um novo serzinho no mundo e cuidar para reduzir os impactos ambientais dessa existência, enquanto ela estiver sob sua responsabilidade.

Assim, podemos pensar na maternidade de uma forma ecologicamente responsável e sustentável, com decisões e escolhas que pensem no bem-estar do bebê e também na preservação ambiental.

A maternidade sustentável surge a partir de um processo mais amplo de consciência socioambiental no qual as mulheres entendem a importância de cuidar do planeta, inclusive para o bem-estar das suas crianças e das futuras gerações.

Muitas vezes, essas mulheres já adotavam ativamente práticas sustentáveis e, ao experenciarem a maternidade, ampliaram o leque de atuação. 

Muito da maternidade sustentável está relacionado às escolhas de consumo associadas às necessidades do bebê.

Entretanto, também devemos pensar em educação ambiental, ensinando as crianças desde pequenininhas a cuidar do planeta por meio de ações mais conscientes, sustentáveis e responsáveis.

Por que a maternidade sustentável é importante?

A população atual do planeta é de 7,8 bilhões de pessoas e, cada uma dessas pessoas tem diversas necessidades de consumo ao longo da vida.

É a soma de consumo exagerado (e produção desenfreada) com superpopulação na Terra que tem levado a uma crise ambiental sem precedentes.

É nesse cenário que mais e mais mães passaram a reconhecer a sua responsabilidade pelo impacto ambiental de quem está chegando agora e ainda não pode tomar as próprias decisões.

A maternidade sustentável preza, como em outras áreas da vida, um consumo consciente.

A indústria, a mídia, redes sociais etc. aproveitam de determinados contextos para incentivar o consumo exagerado e a maternidade é um desses momentos.

Mães e pais são bombardeados com informações, dicas, recomendações e, claro, produtos que prometem aliviar os desafios dessa fase.

O resultado é tanto o consumo desenfreado como também falsas expectativas de como essas “coisas” vão ajudar no exercício da maternidade.

A maternidade sustentável tem como objetivo reduzir esse consumo, especialmente o supérfluo que não vai agregar no bem-estar, desenvolvimento e saúde do bebê.

Mas claro, também é importante para o meio ambiente, principalmente porque o consumo não consciente relacionado à primeira infância tem um impacto imenso devido ao volume e prevalência de itens não recicláveis, como fraldas, roupas e outros. 

Como praticar a maternidade sustentável?

Um aviso: a maternidade sustentável não é para complicar essa fase já atribulada de cuidar de um bebê – ela é para simplificar.

Pode não parecer, mas os excessos, e isso inclui de consumo, pode tornar a maternidade mais onerosa à família, cheia de bagunça e acúmulo em casa e com soluções que não atendem aos problemas mais básicos da rotina.

Por isso, selecionamos dicas práticas que podem servir como norteadoras no dia a dia de qualquer família. Confira!

Escolhas conscientes

As escolhas conscientes chegam antes mesmo do bebê. A dica é avaliar a necessidade de itens como berço, enxoval, roupas, brinquedos e até sapatinhos.

Uma forma de repensar as escolhas dos primeiros anos de vida do bebê é avaliar o tempo e intensidade de uso versus o resíduo gerado. Conversar com outras mães também ajuda a entender o que é útil ou não.

Os sapatinhos, por exemplo, são uma graça, mas não são funcionais e nem necessários nos primeiros meses de vida, sendo um item a mais para comprar, guardar, lavar, arrumar etc.

Também é recomendado optar por produtos de limpeza naturais que contém menos químicos do que as versões convencionais e são, inclusive, mais saudáveis para o bebê.

Se condizente com as suas possibilidades e realidade, priorize a amamentação exclusiva até os 6 meses e parcial até os 2 anos. Além de ser mais saudável para o bebê, é a opção mais sustentável e ecologicamente indicada.

Na introdução alimentar, por exemplo, considere começar com vegetais e frutas orgânicos, de produtores locais e de acordo com a sazonalidade dos alimentos. Isso garante uma alimentação saudável, nutritiva e sem agrotóxicos.

Redução de resíduos

Um dos quesitos mais complicados quando falamos de bebês e geração de resíduos é, sem dúvida, as fraldas.

As fraldas normais levam cerca de 500 anos para se decompor. Um bebê recém-nascido usa cerca de 8 fraldas por dia e podem usar mais de 6 mil ao longo da infância. Tudo isso resulta em cerca de 300 mil toneladas de lixo por ano, só no Brasil.

Existem opções para redução de resíduos, com as fraldas biodegradáveis, que levam 5 anos para se decompor.

As fraldas de pano reutilizáveis também são uma boa opção para quem tem disponibilidade para lavar, o que gera economia e redução significativa do impacto ambiental. 

Também é importante considerar quando desfraldar, ensinando a criança a usar o penico e, aos poucos, o vaso sanitário, o que vai promover mais autonomia para ela desde cedo e diminuir a produção de resíduos.

As roupas também desempenham um papel relevante na geração de resíduos sólidos. A recomendação é ter apenas o essencial, pois como se trata de um período de crescimento acelerado, ter muitas peças vai resultar no pouco uso e descarte de boas peças.

Por essa razão você pode optar por comprar roupas de segunda mão e receber doações e doar/vender depois.

Os brinquedos também são um ponto importante. Caixas e caixas com opções de brinquedos geram super estímulo na criança, reduzem a criatividade, geram mais bagunça e desperdício.

A recomendação é ter poucos brinquedos, optando preferencialmente por versões educativas e que estimulam a criatividade e imaginação. 

Uma dica extra é criar uma rotatividade entre os brinquedos, fazendo com que a criança redescubra suas possibilidades a cada novo contato. Ah, lembre-se de torná-la responsável pela arrumação quando essa primeira responsabilidade for compatível com a idade.

Reutilização e reciclagem

Um exemplo que ganhou repercussão mundial foi a tradição finlandesa de usar caixa de papelão como berço. No País, a caixa maternidade vem com o colchãozinho e centenas de itens para o bebê e é direito de todas as mães, independentemente da renda.

Essa é a lógica de pensar em reutilizar e reciclar quando falamos em maternidade sustentável.

Na reutilização, itens que seriam descartados podem ganhar novos propósitos dentro de casa para evitar comprar mais.

Um exemplo são as latas que podem ser transformadas em porta-trecos para o bebê, como porta-algodão, lenço, presilhinhas e outros itens.

Já a reciclagem consiste em fazer a correta destinação do lixo para que ele possa ser processado em matéria-prima e compor o ciclo de vida de um novo produto.

A reutilização e reciclagem também podem entrar como ensinamentos para as crianças maiorzinhas.

Por exemplo, estimulando a criação com o reaproveitamento de itens de casa em brinquedos, como garrafas, caixas de ovo, rolo de papelão e outros.

A reciclagem pode entrar como lição de casa, com atividades de separar o lixo desde pequenininho – e que serve como brincadeira também. 

Educação ambiental

Por último, mas não menos importante está a educação ambiental. As práticas de maternidade sustentável que ensinamos antes já são formas valiosas de educar, afinal, nada melhor que o exemplo próprio, não é mesmo?

Mas ainda assim é importante estimular o contato da criança com a natureza, ensinando o valor do meio ambiente e de todas as formas de vida. Esse contato é benéfico à criança e ao desenvolvimento da consciência ambiental dela.

Para ensinar sobre sustentabilidade, você precisa aprender e para isso temos esse post com 5 livros de sustentabilidade.

Também é importante consumir e incentivar a opção por produtos e marcas que sejam sustentáveis, ou seja, com opções recicláveis, nacionais, veganas e comprometidas com o meio ambiente, como a Linus.

Conheça a Linus!

Garanta já seu cupom de 10% OFF utilizando: LINALINUS