Vegano ou vegetariano: qual é o melhor para você?
abril 18, 2024

Vegano ou vegetariano: qual é o melhor para você?

por Linus

O número de veganos e vegetarianos vem aumentando muito nos últimos anos.

Em 2018 uma pesquisa entre a Sociedade Vegetariana Brasileira (SVB) e o Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (Ibope) estimou em 30 milhões o número de brasileiros que se declaram vegetarianos ou veganos.

A estimativa para 2023 é que até 40 milhões de brasileiros adotem o veganismo ou vegetarianismo.

Com esse aumento, também cresce o mercado de produtos veganos e vegetarianos no Brasil e ele vai muito além da alimentação, incluindo roupas, calçados, cosméticos etc.

Porém, existem diferenças entre vegetarianismo e veganismo e a gente vai explicar tudo direitinho para você:

Vem com a gente e entenda mais sobre essa importante decisão e como você não precisa nem ser vegano, nem vegetariano para consumir produtos que não envolvem exploração animal.

O que é vegetarianismo?

Segundo a SVB, o vegetarianismo é um regime alimentar que exclui produtos de origem animal.

São diversas as razões que levam as pessoas a assumirem essa dieta. Pode ser por questões éticas, espirituais, ambientais ou até mesmo nutricionais.

A dieta vegetariana inclui legumes, verduras, frutas, grãos, cereais, sementes, castanhas e, em alguns casos, ovos, mel e laticínios.

Ela restringe totalmente as carnes, peixes, frutos do mar, insetos, gelatinas e gorduras de origem animal, como banha de porcos ou bovinos.

Ainda que pareça muito atual, a história do vegetarianismo é longa e vem desde 1.000 a.C.

Muitos filósofos clássicos defendiam o respeito aos animais, incluindo Pitágoras, Platão, Epicuro, Plutarco e outros.

O vegetarianismo também esteve, desde o início, relacionado às questões religiosas, como a abstenção de carne entre Budistas e Jainistas e, mais tarde, Brahmas e Hindus.

Mesmo no catolicismo há relatos de vegetarianos, como o praticado por Santo Antônio.

Em séculos mais recentes, o veganismo se espalhou na Europa com ideais cristãos, mas também entre aqueles que condenavam as práticas de sofrimento animal, como Voltaire.

A União Vegetariana Internacional foi fundada em 1889 e, desde então, a prática se difunde globalmente, sendo possível aderir a diferentes formas de vegetarianismo.

Ovolactovegetarianismo

São os vegetarianos que, apesar de não comerem carnes e peixes, incluem em sua dieta ovos, leites e seus derivados.

Segundo os adeptos dessa dieta, esses produtos podem ser obtidos sem o sacrifício animal. No ocidente, muitos seguem esse regime, constituindo grande parte dos adeptos do vegetarianismo.

Lactovegetarianismo

Diz respeito aos vegetarianos que não comem carnes, seus derivados ou ovos, mas incluem leite de animais e laticínios em sua dieta.

Vegetarianismo estrito

São os vegetarianos que não se alimentam de carne e nenhum produto que seja derivado de animais, incluindo ovos, leite, queijos e mel.

O vegetarianismo, independentemente do tipo, restringe-se às escolhas alimentares dos adeptos e não tem relação com outras esferas do consumo.

O que é veganismo?

De acordo com a Vegan Society, o veganismo é uma filosofia e modo de vida que busca excluir, sempre que possível e em todas as esferas da vida, qualquer forma de exploração e crueldade contra os animais.

Trata-se, portanto, de uma escolha que vai muito além da alimentação e inclui todos os tipos de consumo, como de roupas, calçados, acessórios, cosméticos e até produções culturais.

O veganismo também tem o trabalho de fomentar e promover o desenvolvimento e o uso de alternativas livres de práticas que envolvam sofrimento animal em benefício de todas as formas de vida e do meio ambiente.

Na dieta, exclui-se absolutamente qualquer tipo de alimento derivado de animais ou que tenha usado, durante a fabricação, algum tipo de derivado animal.

Excluem-se, portanto, produtos como: mel, queijos, leites, ovos, gelatinas, maionese, iogurte, sorvetes e outros.

Apesar de ter como princípio o não consumo de qualquer item derivado de animal, cabe a cada vegano decidir a extensão do seu veganismo e, por isso, existem grupos diferentes, alguns mais restritos do que outros.

Por exemplo, alguns veganos, além de não consumirem roupas de couro, também não usam travesseiros de plumas e não bebem cerveja ou vinho que usem clara de ovo no processo de clarificação. Alguns mais restritos vão além, e não consomem vinhos cujos funcionários na colheita das uvas usaram luvas de couro.

Outros não consomem pão em que a assadeira foi untada com gordura animal, como manteiga ou banha, cereais que incluem glicerina animal, e açúcar refinado com carvão ósseo.

Veganos também, assim como alguns vegetarianos, não consomem cosméticos que são testados animais e são os principais consumidores de produtos cruelty free. E, também, não frequentam zoológicos, aquários ou fazem passeios de charrete, que usam a vida dos animais como forma de entretenimento.

Enfim, veganos não compactuam com nada que envolva o sacrifício, o trabalho ou os esforços vindos de animais.

Os valores éticos veganos

O maior objetivo do veganismo é acabar com a exploração e a crueldade com os animais. Existem várias razões éticas que motivam os veganos. Seguem algumas razões éticas sugeridas pela Sociedade Vegana Britânica:

  • Dor e sofrimento: causar dor, sofrimento, medo e angústia em animais é o maior argumento ético e moral dos veganos;
  • Consciência e personalidade: muitos cientistas hoje acreditam que animais experimentam níveis de consciência suficientes para serem tratados com a mesma dignidade que tratamos os humanos;
  • Meio ambiente: hoje não há mais dúvida de que a pecuária é uma das maiores vilãs do meio ambiente e os impactos que causam no planeta são inaceitáveis;
  • Bem-estar humano: seria ético vender alimentos que causam doenças gravíssimas nas pessoas, como carnes processadas? Os veganos acreditam que o bem-estar humano está totalmente ligado ao não consumo de carnes.

Portanto, os veganos estão comprometidos com uma existência que não envolva o sofrimento e sacrifício animal e, diferentemente do que muitas pessoas acreditam, é possível ter uma vida plena e rica em experiências sendo vegano.

O que é mais saudável ser: vegetariano ou vegano?

Nenhum dos dois, o que é mais saudável é ser uma pessoa que busca ser saudável.

Se você for um vegetariano que vive de macarrão ou um vegano que só come arroz, feijão e batata frita, você não será saudável.

Por exemplo, ao contrário dos veganos, os lactovegetarianos obtêm cálcio, fósforo e vitamina D dos laticínios. Porém, evitar lacticínios e ovos é exatamente o que pode ajudar os veganos a manterem seus níveis de colesterol mais baixo.

Os veganos correm o risco de sofrerem com a falta de Ômega-3, mesmo que consumam as fontes vegetais desses nutrientes. Já os ovolactovegetarianos podem suprir essa necessidade consumindo ovos.

Porém, segundo um estudo feito em 2019 com adultos argentinos que se identificam como veganos e vegetarianos, descobriu-se que os veganos tendem a fazer escolhas mais saudáveis e completas de nutrientes do que os vegetarianos.

Em qualquer tipo de dieta, o importante são as escolhas que fazemos e não a dieta em si.

Então, dá para ser saudável no veganismo e no vegetarianismo na mesma proporção que dá para não ser.

Benefícios que não comer carne traz para a nossa saúde

Muitos estudos científicos hoje sugerem que dietas à base de plantas oferecem muitos benefícios à nossa saúde.

Um estudo feito em 2017 analisou a eficácia de uma dieta sem carne em 49 adultos com sobrepeso ou obesidade, que tinham também pelo menos uma dessas condições: diabetes tipo 2, doenças cardíacas e altos níveis de colesterol.

Os pesquisadores designaram aleatoriamente os participantes para uma dieta normal com baixo teor de gorduras ou uma dieta à base de plantas com baixo teor de gorduras, incluindo alimentos integrais, mas sem nenhum tipo de contagem de calorias ou exercícios físicos obrigatórios.

No acompanhamento de 6 a 12 meses, os participantes do grupo da alimentação à base de plantas tiveram reduções significativas do IMC corporal e nos níveis de colesterol em comparação com o outro grupo.

O excesso de consumo de gordura animal e carne também já foi associado a intensificação de processos inflamatórios do organismo, podendo agravar quadros sistêmicos.

 

Impacto do vegetarianismo ou veganismo no meio ambiente

Em 2050, seremos 10 bilhões de pessoas vivendo no planeta e estaremos consumindo os recursos naturais mais rápido do que a capacidade que o nosso planeta tem de repor.

Estima-se que precisaremos do equivalente a 3 planetas para conseguir suprir as necessidades que temos hoje.

Agora, saiba como a dieta vegetariana e vegana pode nos ajudar a manter nosso planeta saudável:

Redução das emissões de gases de efeito estufa

Nosso planeta está cada vez mais quente. Hoje, já vivemos uma emergência global devido aos níveis de aquecimento que estão muito acima do que nosso planeta pode suportar.

A pecuária é uma das principais emissoras dos gases responsáveis pelo efeito estufa, principalmente do dióxido de carbono (CO2) e do metano (CH4).

Assim, as dietas vegetarianas e veganas são aliadas a redução das emissões de gases do efeito estufa, pois desestimulam a produção pecuária em nível industrial.

Olha que interessante: ao assumir uma dieta a base de plantas por um ano, você pode economizar a mesma quantidade de emissões de um carro pequeno de uma família por 6 meses.

Redução da pesca excessiva

De acordo com dados da Organização das Nações Unidas (ONU) se a pesca excessiva se manter no ritmo atual teremos um colapso de 100% das espécies marinhas antes de 2050.

Os métodos de pesca industrial usam redes de arrasto em alto mar, capturando não apenas a espécie alvo, mas outras espécies marinhas ameaçadas, como tartarugas, golfinhos e tubarões.

E a pesca excessiva está ainda associada à sobrepesca, que consiste em quando uma espécie é retirada dos oceanos em velocidade superior à sua capacidade natural de reprodução, levando à redução populacional das espécies e risco de extinção.

Assim, o não consumo desses animais é um caminho para desestimular práticas predatórias de alto impacto ambiental que colocam em risco a biodiversidade marinha.

Preservação da biodiversidade

Como visto, as espécies marinhas estão em ameaça e esse risco se estende às espécies terrestres também.

A devastação de florestas para criação de gado, queimadas associadas a práticas pecuárias e efeitos sistêmicos, como o próprio aquecimento global, elevam os riscos à biodiversidade, incluindo a fauna e a flora.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), temos no Brasil 50 mil espécies de plantas e 125 mil espécies de animais e 3% do total está ameaçada de extinção.

Economia de água

A pecuária está entre os segmentos que mais utilizam água. Se para produção de um quilo de vegetais utiliza-se, em média, 322 litros de água, para produção de um quilo de carne de boi são utilizados mais de 15,4 mil litros de água.

O quilo da carne de porco utiliza, em média, 5,9 mil litros de água e o quilo da carne de frango utiliza cerca de 4,3 mil litros.

Ou seja, ao reduzir ou eliminar o consumo de carne e derivados diminui-se o uso de água de onde ela é mais utilizada.

Menor desmatamento

Estima-se que 75% do desmatamento na Amazônia e 56% do desmatamento no Cerrado estão associados às atividades pecuárias.

Infelizmente, para aumentar a escala de produção de carne e derivados, o meio ambiente tem sido devastado para criação de pastagens que logo serão abandonadas para expansão, para os territórios da floresta, de novas áreas de criação animal.

Portanto, além do sofrimento animal em si, o consumo de carne também está indiretamente relacionado a práticas ambientais predatórias e, muitas vezes, ilegais.

Linus: sandália 100% vegana

Como vimos, a principal diferença entre vegetarianismo e veganismo é que o primeiro se detém às escolhas alimentares, enquanto o segundo refere-se a um estilo de vida totalmente livre de exploração animal.

O crescimento da adesão ao veganismo tem fomentado o surgimento de marcas veganas em diferentes segmentos, como a Linus no setor de moda.

As sandálias Linus são 100% veganas, sendo fabricadas com PVC ecológico microexpandido. Isso significa que depois de usar – muito – a sua Linus, ela é 100% reciclável.

Na Linus, ser vegano é sobre não compactuar com o sofrimento e sacrifício animal, mas também sobre acreditar e praticar a sustentabilidade para preservação do meio ambiente.

Assim, nós somos, orgulhosamente, uma marca carbono negativo. Isso significa que nossas escolhas resultam mais na retirada de gases do efeito estufa da atmosfera do que na emissão de CO2.

Ser sustentável também é sobre encontrar e fomentar parceiros sociais que acreditam, assim como nós, que um mundo melhor só é possível com a construção de uma vida digna e justa para as pessoas que nele habitam.

Ah, e deixa eu te falar uma coisa: os produtos veganos são para todos! 

Isso significa que se você não pratica o veganismo ou o vegetarianismo, ainda assim pode escolher incorporar mais e mais produtos veganos na sua vida.

Nós sabemos que nem sempre dá para mudar tudo ou que mesmo acreditando, nem sempre é possível inserir algumas práticas em nossas vidas para hoje.

Mas você pode, aos poucos, migrar de produtos tradicionais para opções veganas, como a Linus.

Nossas práticas ambientais e sociais refletem nossos valores e o mundo que queremos construir coletivamente.

Fazemos isso ao mesmo tempo em que criamos sandálias que são estilosas, práticas e confortáveis porque pra nós, o veganismo é um caminho que queremos trilhar com consciência e, claro, estilo.

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