Fast Fashion: entenda o impacto e as alternativas
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Seja você uma amante de moda ou não, é bem provável que já tenha ouvido falar em Fast Fashion. Apesar de ser um conceito conhecido, os impactos reais dessa prática ainda são pouco discutidos.
Estima-se que apenas as grandes varejistas do Fast Fashion dominam entre 10 e 20% do mercado global de vestuário. Mas o que isso significa para o planeta e para as pessoas?
É justamente sobre isso que queremos conversar hoje! É urgente entendermos e pensarmos se essa é a moda que queremos construir. Vem com a gente entender:
- O que é Fast Fashion?
- A história do Fast Fashion
- Impactos ambientais do Fast Fashion
- Impactos sociais do Fast Fashion
- Fast Fashion e o comportamento do consumidor
- Alternativas sustentáveis ao Fast Fashion
- Histórias de sucesso na moda sustentável
Vamos juntas desvendar esse tema e explorar caminhos mais conscientes?
O que é Fast Fashion?
Traduzido literalmente como "moda rápida", o termo já revela muito. Essa indústria opera com cronogramas aceleradíssimos: apenas três dias entre o design e a produção e menos de uma semana para chegar às lojas.
A ideia? Lançar centenas de peças em tempo recorde, copiando tendências de marcas de luxo e vendendo a falsa sensação de exclusividade. E como isso é possível na prática?
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mão de obra barata em países vulneráveis;
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matérias-primas de baixa qualidade;
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marketing genérico e baseado no consumo desenfreado;
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cadeia produtiva injusta e poluente.
O ritmo do Fast Fashion não se preocupa com as pessoas envolvidas, sejam profissionais ou consumidores. E ainda é extremamente prejudicial ao meio ambiente.

A história do Fast Fashion
O Fast Fashion surge na década de 1970 como resposta à crise do petróleo, incentivando o consumo e o escoamento da produção.
Em 1989 o termo "Fast Fashion" aparece no The New York Times, descrevendo a Zara e seu cronograma de 15 dias entre design e venda. Hoje, a marca ainda lança 24 coleções por ano.
O poliéster, derivado do petróleo, virou o material símbolo dessa indústria. Ele está associado a alergias na pele e é difícil de reciclar, sendo um dos principais responsáveis pela escala de poluição do Fast Fashion.
Com maior capacidade produtiva, globalização e logística intercontinental foi possível aumentar significativamente a produção e a distribuição desse tipo de vestuário nos anos recentes.
Segundo relatório do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) atualmente, os consumidores compram 60% mais roupas do que nos anos 2000, mas as usam por metade do tempo.
Impactos ambientais do Fast Fashion
Algumas marcas tentam vender uma imagem "sustentável", mas o Fast Fashion é incompatível com esse conceito:
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peças com emissões de 400% mais carbono do que as comuns;
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produção em larga escala de milhares de peças;
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peças que duram entre 7 e 10 usos, segundo o Earth.org;
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logística intercontinental para distribuição no Ocidente de peças produzidas, majoritariamente, no Oriente;
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intensa geração de resíduos, seja na produção, como no descarte acelerado das peças de baixa qualidade;
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priorização do poliéster, fibra sintética não reciclável que demora cerca de 200 anos para se decompor.
Não é surpresa que a indústria da moda seja a segunda mais poluente no planeta ficando atrás apenas, adivinha… do petróleo.
Impactos sociais do Fast Fashion
Os impactos negativos do Fast Fashion não se limitam ao meio ambiente. Existem muitas questões sociais envolvidas nesse debate.
O Fast Fashion emprega cerca de 75 milhões de pessoas no mundo, mas apenas 2% delas têm um salário digno.
A industria se baseia na exploração do trabalho de mulheres e crianças com salários precários e, muitos vezes, em situação análoga à escravidão.
Algumas varejistas de Fast Fashion já foram associadas ao trabalho escravo - fiquem atentas para não comprar dessas marcas!
Fast Fashion e o comportamento do consumidor
Além desses fatores sociais e ambientais, o Fast Fashion é relacionado a outras questões sociais.
A aceleração das tendências estimulada por essa indústria está relacionada a fenômenos sociais como ansiedade, depressão, distúrbios alimentares e até endividamento.
A lógica é a busca da originalidade, mas o resultado é uma massa genérica de roupas iguais.
Essa homogeneização de estilo reforça um ciclo de consumo que privilegia a quantidade em detrimento da qualidade e aumenta a insatisfação e o vazio emocional que impulsionam o consumo de moda rápida.
Alternativas sustentáveis ao Fast Fashion
Apesar dos MUITOS problemas do Fast Fashion, conhecemos caminhos mais sustentáveis e humanos.
Moda Sustentável
A moda sustentável ganha espaço conforme mais pessoas se conscientizam sobre os danos do Fast Fashion. Práticas mais amigáveis ao planeta incluem:
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dê preferência a roupas com fibras naturais, como algodão, cânhamo, linho, lã e seda, que são mais duráveis;
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observe marcas que valorizam materiais de origem local nos projetos;
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dê preferência para roupas com selos veganos e orgânicos e que não envolvem exploração animal no seu processo produtivo;
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Compre de marcas com cadeias produtivas responsáveis e que remunere dignamente seus profissionais.
Como resposta ao Fast Fashion, muitas marcas comprometidas com a moda sustentável têm se engajado com o “slow fashion” que vale a pena conhecer!
Consumo consciente
O consumo consciente é outro pilar da moda sustentável. E como colocar ele em prática?
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dê preferência para comprar de marcas locais – o Brasil tá cheio de marcas incríveis!;
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priorize peças de qualidade no seu orçamento de moda;
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evite seguir tendências efêmeras que têm validade curtíssima;
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invista no autoconhecimento – ele vai te ajudar a compreender seu estilo pessoal e fazer escolhas mais acertadas.
Essas são dicas focadas em moda, mas nós gostamos de pensar nesses princípios para tudo e assim reduzir o consumo de uma forma global em diferentes áreas da vida.
Práticas de reciclagem e reutilização
Mais uma alternativa ao Fast Fashion e que nós amamos é fazer comprinhas em brechós. Temos até uma listinha de 6 brechós queridos em SP!
A moda circular, que sempre falamos por aqui, também está alinhada às práticas de reciclagem e reutilização que reduzem o impacto ambiental das nossas escolhas.
Histórias de sucesso na moda sustentável
Como falamos, existem diversas marcas brasileiras com calçados e roupas lindas, originais, inclusivas e sustentáveis. Nossa listinha inclui:
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Linus
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Lela Brandão Co.
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Insecta Shoes
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Movin
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Insider Store
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Farm Rio
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Maria Tangerina
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Atelier Jezebel
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Flavia Aranha
São diversas propostas de moda sustentável, desde conforto e inclusão na Lela Brandão Co., brasilidade na Farm, moda com tecnologia e inovação na Movin e Insider, matérias-primas e tingimento natural da Flávia Aranha e muito mais.
O mais lindo de ver essas marcas é que cada uma agrega propostas para ser ambiental, social e economicamente responsável.
Conclusão
Fast Fashion é um modelo que não combina com o futuro. As peças baratas têm um custo alto para o planeta e para as pessoas. Mas a mudança começa com escolhas conscientes.
Que tal começar pela sua próxima sandália? A Linus é 100% reciclável, vegana e feita para caminhar junto com você nessa jornada. Vem conhecer nossa coleção completa e caminhar com a gente?