Sobrecarga mental feminina: o peso da exaustão diária

por Linus Tempo médio de leitura: 11 minutos

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Sobrecarga mental feminina: o peso da exaustão diária
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A sobrecarga mental feminina é um fenômeno silencioso, mas profundamente desgastante, que afeta milhões de mulheres diariamente. Ela se manifesta na acumulação invisível de responsabilidades domésticas, emocionais e profissionais, gerando exaustão física e mental.

Enquanto a maioria dos homens dividem tarefas executivas, as mulheres frequentemente carregam o peso do planejamento e da gestão dessas atividades, um trabalho cognitivo e emocional que raramente é reconhecido. Neste texto, exploraremos:

Hoje o tema é desafiador e sério, mas acreditamos que juntos podemos não só ir mais longe, mas com mais bem-estar e qualidade de vida. Você vem com a gente?

Fatores que contribuem para a sobrecarga mental feminina

A sobrecarga mental não surge do nada. Ela é alimentada por estruturas sociais e culturais que, historicamente, atribuem às mulheres o papel de cuidadoras e gestoras do lar. 

Segundo o IBGE, em 2022, as mulheres dedicaram 9,6 horas a mais por semana do que os homens a afazeres domésticos e cuidados com outras pessoas. Enquanto elas investiram 21,3 horas semanais nessas atividades, eles contribuíram com apenas 11,7 horas.

Essa desigualdade é reforçada por expectativas culturais que naturalizam a ideia de que mulheres são “melhores” em multitarefas ou têm uma “vocação natural” para o cuidado – dois mitos que não tem nenhum embasamento e que aumentam a carga de trabalho feminino.

Além disso, a inserção feminina no mercado de trabalho não veio acompanhada de uma redistribuição justa das tarefas domésticas, criando a chamada tripla jornada: trabalho remunerado, cuidados com a casa e filhos e a gestão emocional da família.

A divisão desigual de tarefas domésticas

O problema não está apenas em fazer, mas em pensar em tudo. Desde lembrar das consultas médicas das crianças até planejar o cardápio da semana, a carga mental recai majoritariamente sobre as mulheres.

Mesmo quando os homens participam, muitas vezes eles agem como “ajudantes”, seguindo orientações, enquanto a mulher continua sendo a gerente invisível da casa e quem decide sobre o dia de fazer compras – e o que comprar, como planejar as refeições, quais serão os presentes para aniversários, ser o suporte a amigos e familiares necessitados, levar o pet no veterinário e outras demandas.

Essa dinâmica gera um cansaço que vai além do físico. A carga mental demanda justamente das capacidades cognitivas, como pensar, resolver, organizar, planejar e até se preocupar, o que leva a um alto consumo de energia e pode resultar no esgotamento.

Consequências da sobrecarga mental

Os impactos da sobrecarga mental na saúde das mulheres são profundos e multifacetados.

O relatório Esgotadas, da ONG Think Olga, apontou que 45% das mulheres no Brasil têm diagnóstico de ansiedade, depressão ou sintomas de estresse crônico.

Além disso, um estudo da FIA Employee Experience revelou que as mulheres têm 73% mais chances de desenvolver burnout do que os homens e isso está diretamente relacionado as demandas da sobrecarga mental e como ela compromete a saúde feminina.

A relação entre sobrecarga mental e problemas de saúde

O estresse contínuo relacionado à sobrecarga interfere na produção de hormônios como a serotonina e a dopamina, responsáveis pelo bem-estar e regulação do humor. Isso pode levar a:

  • Distúrbios do sono (dificuldade para dormir ou acordar cansada);

  • Dores crônicas (tensão muscular e enxaquecas);

  • Problemas digestivos (síndrome do intestino irritável);

  • Queda na imunidade (maior propensão a infecções).

A sobrecarga também afeta a vida profissional, com aumento de absenteísmo, a queda de produtividade e dificuldades de concentração. No âmbito pessoal, pode levar à irritabilidade, sensação de incompetência, baixa autoestima e isolamento social.

Como lidar com a sobrecarga mental?

Para reduzir a sobrecarga mental é preciso pensar em mudanças práticas e, principalmente, na desconstrução da ideia de que a mulher deve dar conta de tudo sozinha. 

Nesse sentido é importante tanto que a mulher internalize que não é demérito não dar conta de tudo e também que o parceiro e pessoas próximas reconheçam e valorizem as atividades invisíveis que são realizadas. Algumas estratégias podem ajudar:

  • Delegar responsabilidades: dividir tarefas não significa “pedir ajuda”, mas redistribuir obrigações de forma justa entre os adultos responsáveis pelo lar;

  • Estabelecer limites: aprender a dizer “não” a demandas excessivas é essencial para preservar a saúde mental;

  • Priorizar: começar a dizer mais “sim” para interesses próprios, incluindo momentos de laser, descanso e ócio;

  • Praticar o desapego do controle: nem tudo precisa ser do seu jeito e permitir que outras pessoas assumam tarefas, mesmo que de forma diferente, é libertador.

Trata-se de um exercício compartilhado. Muitas mulheres absorvem essas demandas devido aos contextos sociais e familiares e quando ficam exaustas são culpabilizadas por “abraçar o mundo”. 

Assim, a superação da sobrecarga mental feminina depende tanto da mulher começar a se sentir no direito de se soltar dos deveres, como da rede de apoio dar suporte a esse movimento e assumir tarefas.

Técnicas de autocuidado para aliviar a sobrecarga

O autocuidado não é um luxo, mas uma necessidade. Pequenas práticas diárias podem fazer diferença:

  • Mindfulness e meditação: ajudam a reduzir a ansiedade e a focar no presente;

  • Atividade física: libera endorfinas, melhorando o humor e a disposição;

  • Descanso ativo: reservar momentos para não fazer nada, sem culpa – essa parte é bem importante.

Nem sempre é fácil priorizar o autocuidado. Uma dica é colocar um tempo diário na agenda para descanso ou alguma atividade para cuidado pessoal, como um compromisso mesmo, até que ela seja internalizada e naturalizada.

O papel da sociedade e da família na sobrecarga mental

A mudança não depende apenas das mulheres. É preciso repensar estruturas sociais que perpetuam as desigualdades de gênero. Algumas ações importantes:

  • Educação desde a infância, ensinando meninos e meninas a dividirem tarefas domésticas e exercerem a autorresponsabilidade, ou seja, cuidar dos assuntos de interesse próprio, como alimentação, saúde e lar;

  • Políticas públicas: é indispensável almejar objetivos mais ousados, como as licenças parentais iguais, acesso a creches e apoio a cuidadores;

  • Conscientização no trabalho: empresas devem promover ambientes que dêem suporte ao pleno desenvolvimento das mulheres, considerando funções que recaem sobre elas, como cuidados familiares e com os filhos.

O caminho para mais igualdade é longo, no entanto, são os pequenos passos que viabilizam que as mulheres que estão exaustas hoje possam recuperar o fôlego, entendendo suas limitações e encontrando suporte em casa, na família, nas empresas e na sociedade para recuperar sua saúde física e mental.

A importância de pedir ajuda e buscar apoio

Muitas mulheres hesitam em buscar ajuda por medo de serem vistas como “fracas”. No entanto, terapia, grupos de apoio e redes solidárias são ferramentas poderosas para aliviar a carga mental. 

A tomada de consciência da situação e começo do diálogo com as pessoas do seu convívio é fundamental para caminhar em direção a uma distribuição mais justa e equânime do trabalho doméstico e da carga mental da família.

Um passo seguinte é contar com auxílio profissional de psicólogos e psiquiatras principalmente se sentir constantemente desânimo, tristeza, pensamentos intrusivos, melancolia, desconexão e apatia.

Como a Linus pode ajudar no bem-estar das mulheres?

Na Linus, acreditamos que o caminho do bem inclui cuidar de quem cuida. Nossas sandálias são pensadas para oferecer conforto e leveza no dia a dia, aliviando a tensão física e emocional que a sobrecarga mental traz.

As sandálias Linus são produzidas com PVC microexpandido, um material vegano e 100% reciclável. Com a Linus você garante estilo, sustentabilidade e conforto no dia a dia.

A sobrecarga mental feminina não é um problema individual e sim social. Para combatê-la precisamos pensar e propor mudanças estruturais. Mas também precisamos pensar nas pequenas revoluções cotidianas que nos ajudem hoje: dividir tarefas, priorizar o autocuidado e, sempre que possível, escolher o que faz bem — para o corpo, a mente e o planeta.

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