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maio 02, 2022

A Linus agora é uma empresa carbono negativo

por Equipe Linus

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Neste ano, o Dia da Terra (22 de abril) chegou acompanhado de uma ótima notícia aqui na Linus: nos tornamos uma empresa carbono negativo! No ano passado, colocamos como meta negativar nossas emissões de CO2 como empresa em 2026, mas com a ajuda da Carbonext conseguimos nos antecipar e fazer isso já em 2022.

Desde que foi fundada, a Linus carrega a sustentabilidade como um de seus principais pilares e busca oferecer os melhores produtos com a menor pegada ambiental possível, por isso essa conquista é tão importante para nós, para vocês - que nos acompanham nessa caminhada - e para o planeta.

Neste post, a gente conta um pouco mais sobre o que significa ser uma empresa carbono negativo, quais são os impactos positivos que isso pode ter para o meio ambiente e apresenta nossos números de emissão e compensação. Vamos lá?

As emissões de CO2 e o efeito estufa

O dióxido de carbono (CO2), ou gás carbônico, é um dos principais gases responsáveis pelo efeito estufa. A sua existência por si só não é prejudicial ao planeta, afinal, ele é liberado pelo processo de respiração de plantas, animais e outros organismos vivos e é essencial para nossa vida. O grande problema está no excesso desse gás na atmosfera, causado por uma série de ações humanas prejudiciais ao equilíbrio da Terra, como a queima de combustíveis fósseis, desmatamento e queimadas, elevada atividade agropecuária e industrial, entre outros.

Outra fonte significativa de emissão desse gás de efeito estufa é a indústria da moda, da qual fazemos parte. Hoje, o setor é responsável por 10% das emissões de CO2 no planeta considerando todas as fases da cadeia, segundo dados da Unep (United Nations Environment Programm), com a fase de uso sendo responsável por 24% das emissões de gases de efeito estufa.

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Entre as consequências da alta concentração de CO2 está o desequilíbrio do clima e aumento na temperatura da Terra e a consequente degradação ambiental que esses problemas podem trazer, como catástrofes climáticas, a elevação dos níveis oceânicos, e muito mais. Torna-se urgente, portanto, repensar nossas emissões e reduzi-las para que seja possível desenhar um futuro mais sustentável para todos.

Existem alternativas para que possamos ter essa redução em nossas atividades enquanto indivíduo e sociedade, como neutralizar as emissões por meio de ações como reflorestamento, captura por meio de eletrólise e sequestro geológico de carbono; buscar por fontes de energias renováveis menos poluentes, como energia eólica, solar e biomassa; cobrar as autoridades competentes para que desenvolvam políticas públicas voltadas ao desenvolvimento mais sustentável da sociedade; reduzir o consumo de carne e derivados animais; e compensar a pegada de carbono - é sobre este último que falaremos no próximo tópico.

Mas afinal, o que é pegada de carbono e o que significa ser uma empresa carbono negativo?

Só conseguimos reduzir nossos impactos no planeta quando conhecemos eles a fundo, e uma das maneiras para isso é rastrear a origem das nossas emissões e calcular a nossa pegada de carbono, que nada mais é do que o volume de gás carbônico (CO2) que emitimos na atmosfera. Com esse número em mãos, fica mais fácil buscar ações que reduzam essas emissões ou neutralizem o CO2 que foi emitido. Hoje, esse cálculo é feito por diversas empresas, aqui na Linus escolhemos a Carbonext para ser a responsável por calcular nossa pegada (falaremos dela mais adiante).

Uma das formas de compensar as emissões é através da compra de créditos de carbono. De acordo com a Carbonext, neste sistema, as emissões de gases poluentes evitadas são convertidas em créditos de carbono, comprados por pessoas físicas e empresas que buscam neutralizar suas emissões.

1 crédito de carbono = 1 tonelada de CO2 (ou CO2 equivalente – de outros gases de efeito estufa, cuja emissão foi evitada, verificada e certificada).

Ser carbono neutro é compensar as emissões que não podem ser reduzidas através da compra de créditos de carbono vindos de atividades que sequestram, ou deixam de emitir, o carbono na atmosfera. Ser carbono negativo é, portanto, compensar mais do que a quantidade de CO2 emitida, deixando um saldo positivo ao planeta.

E como esse carbono é compensado? Hoje, empresas como a Carbonext trabalham em parceria com projetos que têm como objetivo evitar o desmatamento de florestas e, através de uma metodologia certificada pelo Verra - órgão internacional sem fins lucrativos baseado em Washington D.C. que certifica e valida diversos projetos de crédito de carbono ao redor do mundo - gerar créditos de carbono que permitem remunerar aqueles que mantém as florestas em pé e investir no desenvolvimento das comunidades locais.

Nossas emissões de CO2: de onde elas vêm e como estamos compensando o dobro do que é emitido

Hoje, a pegada de carbono da Linus está calculada em 0,364kg de CO2e por unidade. O cálculo, que considera toda a cadeia produtiva da marca, dos materiais usados na produção às entregas, transporte dos colaboradores, uso, embalagens e descartes, foi feito pela Carbonext, baseados em publicações reconhecidas internacionalmente, como os métodos do IPCC (2000, 2006), da US-EPA, da DEFRA, entre outros.

E de onde vêm essas emissões?

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Com esses dados em mãos, conseguimos saber a quantidade necessária de créditos de carbono para compensar duas vezes tudo que emitimos em 2021:

  • 35 toneladas de CO2e emitidas em 2021
  • 72 créditos de carbono adquiridos
  • 72 toneladas de CO2e neutralizadas

Como falamos anteriormente, uma das maneiras encontradas para a compensação das emissões é o apoio a projetos REDD+: aqueles que, por incentivos financeiros vindos de créditos de carbono, combatem o desmatamento e evitam emissões de carbono oriundas da degradação de florestas. O projeto escolhido pela Linus foi o Envira Amazônia Project, que atua na redução das emissões provenientes do desmatamento e degradação da Amazônia.

“Calculamos nossa pegada com base nas emissões de 2021, mas, como nosso objetivo era nos tornarmos carbono negativo, nós compramos créditos de carbono para negativar todos os produtos vendidos e entregues de todos os pedidos do projeto Envira Amazônia Project, voltado ao combate ao desmatamento e degradação da Amazônia, o suficiente para neutralizar 72 toneladas de CO2e. Essa é uma realização muito significativa para nós, nossos planos eram nos tornarmos carbono negativo até 2026. Com o mapeamento feito pela Carbonext, que considerou toda nossa linha de produção, conseguimos alcançar essa meta 4 anos antes do esperado”, afirma Isabela Chusid, fundadora da Linus.

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Isabela Chusid, fundadora da Linus

Para conferir o relatório completo da Carbonext sobre nossas emissões e conhecer todas todas as ações de sustentabilidade da Linus, acesse o link: SUSTENTABILIDADE LINUS.

Conhece mais empresas carbono negativo ou ações que contribuam para a redução de emissões de CO2 na atmosfera? Conta pra gente nos comentários!

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